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Psicanálise & Educação

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sábado, 27 de março de 2010

SEXUALIDADE INFANTIL

A seguir serão apresentadas postagens sobre o tema acima.
Parte do livro de Freud: "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade " ( 1926)
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SEXUALIDADE INFANTIL


A SEXUALIDADE INFANTIL
SIGMUND FREUD

[(Parte do livro de Freud: "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1926)]
(Traduzido e publicado no Brasil pela Editora Imago)

O DESCASO PARA COM O INFANTIL
Faz parte da opinião popular sobre a pulsão sexual que ela está ausente na infância e só desperta no período da vida designado da puberdade. Mas esse não é apenas um erro qualquer, e sim um equívoco de graves conseqüências, pois é o principal culpado de nossa ignorância de hoje sobre as condições básicas da vida sexual. Um estudo aprofundado das manifestações sexuais da infância provavelmente nos revelaria os traços essenciais da pulsão sexual, desvendaria sua evolução e nos permitiria ver como se compõe a partir de diversas fontes.
É digno de nota que os autores que se ocuparam do esclarecimento das propriedades e reações do indivíduo adulto tenham prestado muito mais atenção à fase pré-histórica representada pela vida dos antepassados — ou seja, atribuído uma influência muito maior à hereditariedade — do que à outra fase pré-histórica, àquela que se dá na existência individual da pessoa, a saber, a infância. É que, como se pode supor, a influência desse período da vida seria mais fácil de compreender e teria direito a ser considerada antes da influência da hereditariedade. É certo que na literatura sobre o assunto encontramos notas ocasionais acerca da atividade sexual precoce em crianças pequenas, sobre ereções, masturbação e até mesmo atividades semelhantes ao coito. Mas elas são sempre citadas apenas como processos excepcionais, curiosidades ou exemplos assustadores de depravação precoce. Nenhum autor, ao que eu saiba, reconheceu com clareza a normatividade da pulsão sexual na infância, e, nos escritos já numerosos sobre o desenvolvimento infantil, o capítulo sobre o "Desenvolvimento Sexual" costuma ser omitido.
AMNÉSIA INFANTIL
A razão dessa estranha negligência pode ser buscada, em parte, nas considerações convencionais que os autores respeitam em conseqüência de sua própria criação, e em parte, num fenômeno psíquico que até agora escapou a qualquer explicação. Refiro-me à singular amnésia que, na maioria das pessoas (mas não em todas!), encobre os primeiros anos da infância, até os seis ou oito anos de idade. Até o momento, não nos ocorreu ficar surpresos ante o fato dessa amnésia, e no entanto, teríamos boas razões para isso. De fato, somos informados de que, durante esses anos, dos quais só preservamos na memória algumas lembranças incompreensíveis e fragmentadas, reagíamos com vivacidade frente às impressões, sabíamos expressar dor e alegria de maneira humana, mostrávamos amor, ciúme e outras paixões que então nos agitavam violentamente, e até formulávamos frases que eram registradas pelos adultos como uma boa prova de discernimento e de uma capacidade incipiente de julgamento. E de tudo isso, quando adultos, nada sabemos por nós mesmos. Por que terá nossa memória ficado tão para trás em relação a nossas outras atividades anímicas? Ora, temos razões para crer que em nenhuma outra época da vida a capacidade de recepção e reprodução é maior do que justamente nos anos da infância.
Por outro lado, devemos supor, ou podemos convencer-nos disso mediante a investigação psicológica de outrem, que as mesmas impressões por nós esquecidas deixaram, ainda assim, os mais profundos rastros em nossa vida anímica e se tornaram determinantes para todo o nosso desenvolvimento posterior. Não há como falar, portanto, em nenhum declínio real das impressões infantis, mas sim numa amnésia semelhante à que observamos nos neuróticos em relação às vivências posteriores, e cuja essência consiste num mero impedimento da consciência (recalcamento). Mas quais são as forças que efetuam esse recalcamento das impressões infantis? Quem solucionasse esse enigma teria também esclarecido a amnésia histérica.
Todavia, não queremos deixar de destacar que a existência da amnésia infantil fornece um novo ponto de comparação entre o estado anímico da criança e o dos psiconeuróticos. Já deparamos com outro desses pontos (ver em [1]) quando se impôs a nós a fórmula de que a sexualidade dos psiconeuróticos preserva o estado infantil ou é reconduzida a ele. E se a própria amnésia infantil também tiver de ser relacionada com as moções sexuais da infância?
Aliás, ligar a amnésia infantil à histérica é mais do que um mero jogo de palavras. A amnésia histérica, que está a serviço do recalcamento, só é explicável pela circunstância de que o indivíduo já possui um acervo de traços anêmicos que deixaram de estar à disposição da consciência e que agora, através de uma ligação associativa, apoderam-se daquilo sobre o que atuam as forças repulsoras do recalcamento. Pode-se dizer que sem a amnésia infantil não haveria amnésia histérica. [Cf. Freud, l950a, Carta 84, de 10 de março de 1898.]
Creio, pois, que a amnésia infantil, que converte a infância de cada um numa espécie de época pré-histórica e oculta dele os primórdios de sua própria vida sexual, carrega a culpa por não se dar valor ao período infantil no desenvolvimento da vida sexual. Um observador isolado não pode preencher as lacunas assim geradas em nosso conhecimento. Já em 1896 frisei a significação da infância para a origem de certos fenômenos importantes que dependem da vida sexual, e desde então nunca deixei de trazer para primeiro plano o fator infantil na sexualidade.

segunda-feira, 22 de março de 2010

INTERPRETE DESENHOS INFANTIS



INTERPRETE DESENHOS

“O desenho pode ser, na infância, um canal de comunicação da criança e seu mundo exterior”
(Pablo Zevallos )

PÚBLICO ALVO – Educadores, pais e pessoas envolvidas em educação de maneira geral.

DIA- 25/03/2010 (inscrições até o dia 23/03/2010)


HORÁRIO – 20h15 às 22h15

LOCAL – Academia Danúbio Azul
Pça. Lourenço de Bellis, 80 – Vila Sabrina
Fone: 2949 1194