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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

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Estudo Psicanalítico sobre a Neurose Obsessiva Compulsiva

*Texto gentilmente cedido pelo Prof. Marcos OLiveira - Psicanalista 

fonte:http://www.sbph.com.br/

Texto Original escrito em 2002 - Prof. Marcos Oliveira

Dentre as diversas e complexas manifestações neuróticas, sem dúvida nenhuma a que nominamos de neurose obsessiva compulsiva, afigura-se como a mais interessante e rica em conteúdos simbólicos. Porém, ao falarmos de “Conteúdos Simbólicos”, talvez o termo seja muito fraco para expressar o que de fato ocorre no núcleo dessa neurose, pois não estamos falando de uma montagem simbólica comum, o indivíduo afetado por tal desequilíbrio, age como se o símbolo fosse a “realidade”, e não uma mera representação da mesma.
Modernamente a neurose obsessiva compulsiva é denominada pela psiquiatria pelo Termo Técnico: Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).Porém, o enfoque psiquiátrico moderno diverge da abordagem psicanalítica tanto na etiologia de tal neurose como no seu tratamento.

Nesse estudo, no entanto, não iremos tratar das “diferenças”, e sim das similitudes e complementações que ambas podem oferecer no tratamento dessa incômoda e persistente neurose.
Em minha experiência profissional, bem como na pesquisa da Literatura Psicanalítica, pude observar e alistar particularidades normativas que sempre estão presentes no comportamento neurótico compulsivo obsessivo.
O neurótico tem consciência da absurdidade de alguns de seus pensamentos, por isso, uma dolorosa dissociação se estabelece no ego, e a pessoa afetada fica atormentada pelas repetições ideativas.
Frente a esse fato, podemos definir as obsessões ideativas, como intensificações de pensamento ego-distônicos, recursivos e intrusivos, que leva o paciente a ser “pensado” pelos seus muitos pensamentos, gerando uma ansiedade atormentadora.
Objetivando aliviar a ansiedade causada pelas obsessões, o neurótico recorre a ações ritualizadas, essas por sua vez são chamadas de “Compulsões”.
 

Os atos compulsivos mais comuns, podem ser reduzidos a cinco categorias primárias: rituais envolvendo a verificação; rituais envolvendo a limpeza; pensamentos obsessivos sem compulsões; lentidão obsessiva e rituais mistos.
No tratamento analítico, o terapeuta não deve se apressar em acabar com o “sintoma”, pois como gratificação secundária, os sintomas obsessivos compulsivos podem estar impedindo uma desintegração psicótica no neurótico, o doente se agarra a seus “sintomas estranhos” para garantir seu equilíbrio egóico.
O analista deve estar interessado em descobrir a função inconsciente do sintoma, e a sua configuração compensatória no mundo intrapsíquico do afetado, desvendando pouco a pouco, em sua psicobiografia, como foi levado a montar reativamente certo tipo de sintoma.
Esse processo lento e gradativo mostra-se fundamental para a compreensão da organização simbólica do paciente, possibilitando a perlaboração dos conteúdos analisados, eliminando não só os sintomas, mas sim o núcleo de ansiedade básica atrás do fenômeno.

O Comportamento Obsessivo Compulsivo

 Descreverei agora, alguns dos sintomas que aparecem com mais freqüência nessa neurose: lavar as mãos demoradamente inúmeras vezes durante o dia (alguns pacientes são levados a levantar-se durante a noite para fazê-lo); tomar longos e repetidos banhos por não se sentir limpo; passar a maior parte do tempo limpando as coisas; preocupar-se fanaticamente com germes e contaminações; verificar repetidamente se portas e janelas foram fechadas; dar valor excessivo a números ou a contagens (é como se quisessem ficar livres do tempo, porém, estranhamente, é a sua cronometragem que os prendem); pensamentos catastróficos (algo de ruim que pode acontecer a qualquer momento); simetria neurótica; pensamentos ligados a castigo e morte, etc...
De forma coerciva, essas pessoas são vítimas de suas compulsões; mesmo que racionalmente não queiram praticar suas “esquisitices”, são devastadas por uma enorme ansiedade que, por fim, as leva a ceder ao ritual neurótico.
Uma outra peculiaridade marcante é a busca pela perfeição, tanto intrapsiquicamente como extra psiquicamente. Sua exigência maior é encontrar aquilo que é perfeito, mesmo que racionalmente admita que tal exigência é absurda e frustrante.
O desequilíbrio gera uma acentuada ambivalência relacional, são capazes de ruminar interminavelmente uma pequena atitude, desgastando e fadigando qualquer pessoa de seu convívio. Por causa do conflito interno, tudo que fazem requer muito esforço, podem criar uma “tempestade num copo d’água” na realização de qualquer atividade corriqueira, por mais simples que pareça.
Os pensamentos intrusivos se avolumam de tal forma na mente neurotizada, que é muito comum ficarem presos por uma cadeia interminável de pensamentos, que por vezes paralisam totalmente ações práticas, fazendo com que a “dúvida” seja a regra geral do comportamento compulsivo obsessivo. São fracos em tomar decisões, não sabendo como agir frente a escolhas banais do cotidiano.
Embora tudo isso se suceda ao neurótico obsessivo compulsivo, muitos deles conseguem levar uma vida como qualquer outro, são normalmente inteligentes e, portanto, capazes plenamente de estudar e trabalhar.
Sua capacidade psíquica não é totalmente prejudicada, e por terem consciência de seus “atos estranhos”, conseguem disfarçá-los no ambiente social.
É notório que as compulsões são exageradas quando a pessoa encontra-se em casa, por isso, ao mesmo tempo em que sua casa é um símbolo de proteção uterina, é também o palco de suas maiores angústias e fraquezas neuróticas.
Para que o processo analítico tenha bom êxito, o terapeuta precisa perceber em profundidade em que a dinâmica familiar influencia o paciente, pois muitas vezes o sintoma obsessivo é fomentado por uma organização familiar neurótica.
Quase sempre, para que o paciente tenha uma melhora significativa, o ambiente familiar deve ser readaptado às novas exigências do processo, sendo um meio facilitador e não um obstáculo intransponível.
 
Reparação Neurótica
  Para a Psicanálise, a neurose obsessiva compulsiva, tem como origem um conflito psíquico infantil e uma fixação da libido no estágio anal de maturação. Como já enfocado parcialmente, tal neurose manifesta-se através de ritos conjuratórias de tipo religioso, sintomas obsedantes e uma ruminação mental permanente, que dá origem a intermináveis dúvidas e escrúpulos que acabam por inibir o pensamento e a ação.
No estudo sobre o “Homem dos Ratos”, Freud descobriu que é o erotismo anal que domina a organização sexual do neurótico obsessivo, por isso, para ele, a obsessão deveria ser sempre relacionada a uma regressão sexual ao estágio anal, tendo como sustentação inconsciente um forte sentimento de ódio primitivo.
Para Freud, o ódio surge psiquicamente antes do amor, pois esse sentimento tão prezado ao conjunto das relações humanas, foi criado exatamente para nos proteger do fluxo livre de nossa agressividade primitiva, daí elaboramos uma consciência moral.
Freud viu nos sintomas obsessivos um trabalho defensivo que visa ocultamente, transformar a representação forte da experiência infantil, numa representação enfraquecida e controlável, desligada por meio desse estratagema de sua verdadeira e dolorosa fonte.
É lógico que esse desligamento não tem totalmente bom êxito, pois a aliança desarmônica entre o estado afetivo e a idéia associada acaba por criar um caráter absurdo e irracional próprio da neurose obsessiva compulsiva. Nessa neurose, os sintomas são ego-distônicos, causando danos terríveis ao portador.
Frente a esse fato, Freud revelou que uma das características marcantes do desequilíbrio é a sua vinculação estrutural com o sentimento de culpa. Sobre isso ele escreveu: “Aquele que sofre de compulsões e de interdições se comporta como se estivesse sob o império de uma consciência de culpa, a cujo respeito, aliás, nada sabe; sob o jugo, portanto, de uma consciência de culpa inconsciente, como nos sentimos forçados a dizer, por mais que essas palavras resistam a se combinar”.
Examinando a religião, Freud chegou a perceber semelhanças desconcertantes entre os atos compulsivos e as práticas religiosas, que ao seu entender visavam essencialmente a mesma coisa: afastar o sentimento de culpa por uma reparação compensatória ritualística. Tanto no religioso como no obsessivo, a fórmula principal é o deslocamento psíquico (semelhante ao que acontece no sonho), pelo quais os detalhes triviais da atividade ritual se tornam a coisa mais importante, uma vez que se expulsou à força o conteúdo verdadeiramente significativo.
Em sua famosa tese da “Concordância Essencial”, Freud descreve: “Podemos conceber a neurose obsessiva como a contra partida patológica da formação religiosa, a caracterizar a neurose como uma religiosidade individual e a religião como uma neurose obsessiva universal”.

Um Caso de Neurose Obsessiva Compulsiva

Quando José Roberto resolveu me procurar, acerca de dois anos atrás, contava nessa época com 37 anos. Trazia em sua bagagem existencial muito sofrimento e angústia, e certa descrença prévia que dizia que a psicanálise não poderia ajudá-lo em seu desconforto.
Era solteiro e morava com a mãe, junto com sua irmã mais velha e seu cunhado. Seu pai havia morrido há seis anos atrás, fato que acabou por agravar e intensificar os sintomas obsessivos compulsivos, culminando em sua internação na ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas, onde permaneceu por quatro meses.
Mesmo antes da morte do pai, José Roberto foi procurar ajuda médica para seus estranhos sintomas, e há 10 anos atrás foi diagnosticado como portador do Transtorno Obsessivo Compulsivo. A partir daí diversos medicamentos foram tentados (Clomipramina-Anafranil; Fluoxetina-Prozac; Sertranil-Zoloft, entre outros), infelizmente os sintomas persistiram e acabaram por se solidificarem, levando o paciente cada vez mais, a um isolamento social.
Quando o pai ainda era vivo, embora já sentisse a ação da obsessão compulsiva, conseguia controlá-la. Trabalhava como protético no consultório do pai, embora tenha admitido durante o tratamento que não gostava da ocupação profissional.
Com a morte do pai, José Roberto abandonou o serviço e confinou-se em sua casa, o que veio a agravar e intensificar os sintomas obsessivos compulsivos. Ficava preso por horas no banheiro e, ao sair, o ritual continuava levando, por exemplo, o infeliz a demorar 40 minutos ou mais para colocar uma simples cueca, pois um pensamento recursivo lhe suscitava a dúvida se a peça íntima fora colocada do lado certo.
Tinha uma preocupação exagerada a tudo que se referia à religião, pois lhe vinha à mente a idéia de que se não prestasse atenção em coisas sagradas seria seriamente “castigado por Deus”. Em seu quarto havia uma Bíblia dada pela sua mãe, que era foco de muitos de seus rituais. Tinha uma preocupação absurda em verificar se a janela do seu quarto estava bem fechada, pois o vento poderia derrubar a Bíblia e danificá-la, o que configuraria um enorme desrespeito de sua parte, passível de um terrível castigo divino.
Outra área que lhe causava forte sentimento de culpa,  era a sexual. O paciente tinha uma forte fixação fetichista, colecionando diversas calcinhas e sutiãs rendados. Mais do que isso, também tinha tendência ao travestismo, pois gostava de dormir e se olhar no espelho com as roupas íntimas femininas. As poucas vezes que conseguia sair de casa ia ao shopping, e lá seu martírio aumentava, pois admitia que ao ver uma bela mulher, não sabia se o que lhe chamava mais atenção era o seu corpo ou suas peças íntimas. Embora realçassem na fala as peças íntimas, toda vestimenta da mulher lhe excitava, bem como detalhes (unhas grandes e pintadas de vermelho; o batom exuberante; o salto alto que sustentava belos pés, etc...), ao ponto de dizer com certa angústia nas sessões de análise, que não sabia se queria uma bela mulher ou se preferia “ser” em suas fantasias eróticas a bela mulher.
Conscientemente se recriminava terrivelmente por tais ideações, e reiterava repetidas vezes que não era um homossexual, e sim “homem”.
No contato social José Roberto era simpático e quase sempre muito calmo, conseguia disfarçar quase sempre seus sintomas incomuns. É lógico que pessoas mais observadoras notavam algo de estranho em seu comportamento, muitas vezes expondo-o.
Um belo exemplo disso foi narrado pelo próprio paciente em uma sessão. Alguns anos atrás o paciente era sócio de um clube, e como era obrigado a conviver com várias pessoas, sua preocupação de esconder seu comportamento estranho era muito grande.
Certa vez, ao entrar no toalete para tomar banho após as atividades esportivas, começou a ser enredado pelo ritual obsessivo, coisa que foi percebida por alguns colegas que automaticamente começaram a ridicularizá-lo.
Ele ficou com muita raiva de seus colegas. Três dias após o ocorrido ele voltou ao toalete, como estava sozinho tomou logo o seu banho e foi dormir na casa de um colega de infância. Ao chegar à casa do colega lembrou que havia deixado sobre a pia do toalete o frasco vazio do condicionador usado no banho.
Um pensamento persistente dizia que deveria voltar ao lugar para jogar o frasco no lixo, pois o mesmo poderia cair no chão e provocar um terrível incêndio. Inicialmente tentou ignorar o pensamento, porém a ansiedade tornou-se sufocante, e viu-se obrigado a retornar ao clube de madrugada. Só teve um alívio quando um segurança do local percebendo sua perturbação apaziguou-o dizendo que ele mesmo cuidaria de jogar o tal frasco no lixo.

Na sessão de análise, pude interpretar tal ocorrência aparentemente sem sentido e absurda, como um belo disfarce para sua agressividade interna, que ao mesmo tempo lhe despertava um terrível sentimento de culpa. A raiva que sentiu ao ser ridicularizado pelos colegas foi reprimida. Ele projetara num inofensivo frasco vazio de condicionador seus fortes impulsos agressivos. O incêndio, na verdade, em suas fantasias internas, não seria causado pela substância química (o frasco estava vazio), mas sim pelo seu forte impulso de agressividade; estaria dessa forma vingado.
Como não podia suportar o sentimento de culpa pela intenção criminosa inconsciente, tentava reparar dramaticamente seu desejo inconsciente, obrigando-se por um contra-desejo consciente a ir até o clube e livrar-se do frasco de condicionador vazio. Essa interessante inversão era usada freqüentemente por esse paciente. Usando esse mesmo princípio de decifração, seu zelo excessivo pela Bíblia, ocultava um sentimento nada sagrado. José Roberto, na verdade, não era um indivíduo religioso. Sua mãe no passado pertencia a uma seita: Testemunhas de Jeová. O paciente quando criança ia sempre aos cultos e atividades da citada seita, porém nunca teve um envolvimento profundo com a religião de sua mãe. Com o tempo, a própria mãe abandonou a sua fé antiga, estando atualmente mais envolvida com práticas ligadas ao espiritismo. A referida religião era, na verdade, praticada mais enquanto o pai estava vivo, embora o mesmo fosse totalmente apático em referência à religião da esposa.
Por isso podemos concluir que a religião era simbolicamente a representação de sua dependência materna, de onde o pai estava totalmente excluído. Com a morte do pai, estranhamente o paciente passa a ter preocupações religiosas excessivas, o que tentava ocultar a idéia de que agora o caminho estava livre para voltar a ter a relação incestuosa com a mãe, e ter a mãe só para si, sem a presença do castrador. Porém seu medo desmedido de ser punido por Deus, ou ser castigado por algum pecado contra o sagrado, era na verdade o forte sentimento de culpa que advinha de suas fantasias homicidas contra a figura do pai.
A Bíblia é a “Palavra de Deus”, ou seja, a “Lei do Pai”, que proíbe terrivelmente o incesto. O que o paciente gostaria de fazer inconscientemente ao Livro Sagrado não era protegê-lo, e sim aviltá-lo, profaná-lo. Destruindo o sagrado, o paciente estaria livre para concretizar seus anseios incestuosos edipianos. Pude também perceber no decorrer da terapia, que suas fantasias sexuais eram fantasias internas de incorporação e de introjeção, pois ao se travestir de mulher, tinha sua mãe permanentemente junto de seu corpo.
Durante todo o tratamento o paciente fez considerável progresso. Interrompeu gradativamente seu isolamento uterino, fez um curso profissionalizante e voltou a trabalhar. Com um distanciamento da figura materna, os sintomas diminuíram cerca de 70%. Recentemente conseguiu passar no vestibular de uma prestigiada universidade, depois de abandonar os estudos acadêmicos por doze anos.
Está muito contente e confiante, pois seu quadro é de estabilidade, mesmo tendo, por livre iniciativa, abandonado a ajuda medicamentosa.


domingo, 5 de setembro de 2010

Sociedade Brasileira de Psicanálise Holistica.

Sociedade Brasileira de Psicanálise Holistica. www.sbph.com.br
 Nao ha vinculos com a Terapia holistica, nem tao pouco esotérismo. 

"Objetivamos com a criação da supracitada sociedade analítica, fomentar a discussão acadêmica de temas relacionados, direta ou indiretamente, ao “saber analítico” desenvolvido inicialmente por Sigmund Freud e, ampliado e repensado, tanto por discípulos diretos do criador da psicanálise, bem como, por pensadores atuais, que continuam a cooperar para evolução Gnosiológica da “ciência do inconsciente”.
...Estudar as linhas teóricas inspirada na psicanálise; Promover atividades psicanalíticas, junto aos seus associados; Incentivar comportamento de participação, organização e solidariedade criando ou estimulando para este fim, atividades, movimentos e organismos; Divulgar resultados de pesquisa, estudos, experiências na área da Psicanálise...
 ...A Sociedade Brasileira de Psicanálise Holística desenvolveu o Curso de Formação Livre em Psicanálise Holística, a fim de aglutinar as linhas analíticas de todos os tempos, ampliando o conhecimento humano. ..."

CONSULTE :www.sbph.com.br

Neurose de angustia



Neurose de angústia
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Diferente da histeria de angústia,a neurose de angústia é uma neurose atual, mais especificamente caracterizada pela acumulação de uma excitação sexual que se transformaria diretamente em sintoma, sem mediação psíquica. Alguns fatores comuns são: acumulação de tensão sexual; ausência ou insuficiência de “elaboração psíquica” da excitação sexual somática, esta só podendo se transformar em “libido psíquica” se entrar em conexão com grupos preestabelecidos de representações sexuais. Quando a excitação sexual não é assim dominada, deriva diretamente, no plano somático, sob a forma de angústia. (Laplanche, 1995).
A neurose de angústia difere da histeria por dois principais motivos: por se tratar de uma “tensão física que não pode passar para o psíquico e se conserva, pois, num caminho físico” (Laplanche,1995), ao invés de ter origem em conflito psíquico infantil, como na histeria; e porque em seus sintomas fóbicos o afeto de angústia se acha ligado a uma representação, mas sem que se possa reconhecer nesta um substituto simbólico de uma representação recalcada. *Julianna Dale Coutinho – UFRGS/Psicopatologia)
Segundo o dicionário de psicanálise  Entende-se por neurose atual aquela que resulta diretamente da ausência ou inadequação da satisfação sexual, diferindo das psiconeuroses cuja origem deve ser procurada nos conflitos infantis.”
Podemos ressaltar alguns sintomas: (fontes do saber)
Irritabilidade geral: há um aumento na irritabilidade causando grande excitação, podendo tornar-se incontrolável. Uma manifestação da irritabilidade é a “hiperestesia auditiva”, revelada freqüentemente como causa de angústia.
Expectativa ansiosa: esta se dá na ansiedade normal de forma imperceptível, tendo o doente uma visão pessimista, reconhecendo esta como uma espécie de compulsão. Uma das formas da manifestação da expectativa ansiosa é a hipocondria, que requer como pré-condição o aparecimento de parestesias e sensações corporais aflitivas, a distribuição da libido para o hipocondríaco tem o mesmo efeito da doença orgânica. Este perde o interesse e a libido relacionados aos objetos do mundo externo e fixa ambos no órgão que lhe traz desconforto.
Na concepção psicanalítica dos processos de neurose, pode-se dizer que a hipocondria é comparável a uma doença real, aparecendo também nas outras neuroses. Freud cita como melhor exemplo disso a neurose de angústia, na qual o órgão que é sentido como doente é o órgão genital quando excitado.
Ataque de ansiedade: pode irromper à consciência com associações de idéias ou não. Esta ansiedade pode estar relacionada a distúrbios de funções corporais, (respiração, atividade cardíaca, inervação vasomotora e atividade glandular). “O paciente se queixa de espasmos no coração, dificuldade respiratória, inundações de suor, fome devoradora e coisas como estas; e, em sua descrição, o sentimento de ansiedade freqüentemente se recolhe ao fundo ou é referido de modo bastante irreconhecível, tal como sentir-se mal, não estar à vontade, e assim por diante.”
Acordar com medo à noite: combinado com ansiedade, dispnéia, suores, ... este é uma variante do ataque de ansiedade. É considerado uma segunda forma de insônia na neurose de angústia. Este pavor pode ocorrer com a reprodução de um sonho, podendo também emergir de uma forma pura, sem sonho ou alucinação decorrente.  
A ansiedade crônica associadas a ataques de ansiedade e vertigem, desenvolvem dois grupos de fobias; uma relacionada a riscos fisiológicos gerais, como por exemplo medo de cobra, tempestade, escuridão, assim por diante; e outra relacionada à locomoção (agorafobia).  
Atividades digestivas alteradas: inclinação ao vômito, náusea e sintoma de fome devoradora não são raras na neurose de angústia. Na expectativa ansiosa há uma disposição à diarréia.
Freud faz uma alusão intensa quanto ao fator sexual quando este refere-se a neurose de angustia, ele diz que homens voluntariamente abstinentes, combinada com sintomas de defesa; em estado de excitação não consumada,  quando se limitam a tocar ou contemplar as mulheres; na prática do coito interrompido, quando o homem quer proporcionar satisfação à mulher e adia a emissão; e, finalmente no climatério dos homens, quando há um decréscimo na potência em confronto com o crescimento da libido.
Freud também afirma que acontece a histeria de angustia aos dois sexos: em pessoas que praticam a masturbação, quando abandonam este modo de satisfação sexual sofrem de neurose de angústia; em pessoas que têm sobrecarga de trabalho, esforço exaustivo, insônia ... também podem desenvolver esta neurose.
Freud não foi tão radical em definir uma única etiologia da neurose de angústia (origem sexual);também deu importância à disposição, à soma de elementos etiológicos específicos e reforço através de outros fatores comuns.
 Andrea Costa




A Angustia



A Angustia
(Cleberson Dias – Licenciado em Filosofia)
Angústia é uma sensação psicológica, caracterizada por “abafamento”, insegurança, falta de humor, ressentimento, dor e ferida na alma. Na moderna psiquiatria, a angústia é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos.
A angústia é também uma emoção que precede algo (um acontecimento,uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angústia através de lembranças traumáticas que dilaceraram ou fragmentaram o ego. Angústia quando a integridade psíquica está ameaçada, também costuma-se haver angústia em estados paranóicos onde a percepção é redobrada e em casos de ansiedade persecutória. A angústia exerce função crucial na simbolização de perigos reais (situação, circunstância) e imaginários (consequencias temidas).
“Jean-Paul Sartre, filósofo francês contemporâneo, defendeu que a angústia surge no exato momento em que o homem percebe a sua condenação irrevogável à liberdade, isto é, o homem está condenado a ser livre, posto que sempre haverá uma opção de escolha: mesmo diante de A, posso optar por escolher não-A. Ao perceber tal condenação, ele se sente angustiado em saber que é senhor de seu destino. Também Sigmund Freud, Pai da Psicanálise, realizou estudos sobre o problema da angústia. Ele afirmou que vivemos um profundo mal-estar provocado pelo avanço do capitalismo. Contudo, a sua colaboração mais profunda para essa nossa temática pode ser percebida na sua análise do nosso aparelho psíquico: vivemos um conflito interno entre três instâncias psíquicas fundamentais ao equilíbrio do ser: nossas vontades (id) vivem em constante atrito com nosso instinto repressor (superego). Podemos tudo aquilo que queremos? Infelizmente não. O balanço entre as vontades e as repressões tem que ser buscado pelo ego, a nossa consciência. É o ego que analisa a possibilidade real de por em prática uma ação desejada pelo nosso id. Não obstante, controla o excessivo rigor imposto pelo superego. A esse conflito entre o id e o superego, Freud denominou angústia.” (Cleberson Dias – Lic. Plena em Filosofia)
“Pessoas que apresentam o quadro de angústia sem acompanhamento profissional, desenvolvem outros distúrbios emocionais, tais como cansaço físico-mental, abaixamento da auto-estima e comportamentos desadequados”.
angústia
Fonte: Saúde Integral

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Psicanálise hoje - Por Diego Rojas

A filha de Jacques Lacan , Judith Lacan Miller  fala das modas e dos modos de diagnosticar, da tendência a medicar as crianças e dos limites entre o público e o privado. E de suas diferenças com Anna Freud.

Quem poderia suspeitar que a delgada mulher que sustenta um livro em seus braços e se nega a soltá-lo enquanto tomamos suas fotos que ilustram esta entrevista, é Judith Miller, a filha de Jacques Lacan?
 A presidenta da Fundación del Campo Freudiano se aferra ao livrinho, uma compilação de textos lacanianos escritos em português. “Só uma foto sem ele”, roga o fotógrafo, mas ela se nega. “É meu tesouro”, assegura, e toda a sessão transcorre enquanto Miller abraça o ditoso livro. Sabe-se, as neuroses não reconhecem fronteiras; por que a filha do homem que repensou Freud e a esposa de Jacques Alain Miller, seu discípulo dileto, seria imune a elas? Miller esteve em Buenos Aires para participar do XVI Encuentro Internacional del Campo Freudiano e o Encuentro Americano de Psicoanálisis Aplicado de Orientación Lacaniana. Durante um descanso, compartiu a seguinte conversação com Veintitrés.
Certos diagnósticos psicológicos parecem alcançar a categoria de modas. Os ataques de pânico, a bipolaridade. Inclusive, na Argentina, certas revistas assinalaram que a gestão de Cristina Fernández estava marcada por sua suposta bipolaridade.
Há uma diferença entre “moda” e “modo”. Diagnosticar os atos do governo ao diagnosticar a senhora Kirchner como bipolar é uma nova maneira de fazê-lo. É uma certa maneira de não ter respeito a sua pessoa. Essa falta de respeito socava uma diferença que me parece fundamental entre o privado e o público. Está na moda falar do privado como se a intimidade estivesse exposta diante dos olhos dos demais. E os responsáveis pela política e pelos governos costumam ser objetos destes diagnósticos. É uma desvalorização da singularidade e a subvalorização desta pessoa singular, que o é ainda que seja um chefe de Estado. A classificação é uma maneira de dizer que uma pessoa é similar a muitas outras. A psicanálise faz o contrário da moda.
Por que?
Porque compreende a divisão entre o privado e o público: não se poderia fazer associação livre de maneira efetiva sem resguardar o segredo. Buscar a singularidade, aquilo que faz com que cada um não se pareça com ninguém, é o final da análise. Esta singularidade absoluta é acessível. Por isso, a psicanálise não aceita nem o “modo” nem a “moda” atuais: são parte do que chamamos o mal estar da cultura. A psicanálise rechaça estas colocações e diz por que é perigoso mesclar a identidade de cada um com a identidade de outros. Os direitos humanos são universais e cada humano tem os mesmos direitos que os outros, mas isso também se traduz em que cada um tenha as mesmas debilidades que os outros e isso não é verdade. Cada um tem suas próprias debilidades, seus problemas, seus sintomas. Promover uma norma é errôneo porque sabemos que as normas são também uma forma da “moda”. Não há normas universais. Lacan disse que o discurso da psicanálise vai no sentido oposto ao discurso da moda.
Ir na contra mão não tem consequências para a psicanálise?
Este posicionamiento produz que a psicanálise, para existir, deva combater ataques muito agressivos do tipo político, epistêmico e administrativo, por exemplo, na França. Ganhamos a primeira batalha, mas a luta continua. O reverso não é o mesmo que o anverso da tela e a psicanálise assinala esta característica. O modelo universal responde às leis do mercado. Os laboratórios estão produzindo remédios e é preciso buscar as enfermidades para vender estes remédios, inventam-se categorias novas de classificação com fins de mercado. Estes manejos não podem assegurar a saúde mental da sociedade. Daí o incômodo da psicanálise.
Nos Estados Unidos, 10 por cento das crianças toma Ritalina.
É triste. As crianças são alimentadas com Ritalina para que tenham paz escolar e familiar, para colocá-los em frente da tela da TV, bem comportados. Isto produz efeitos que ainda não conhecemos bem. Quando estas crianças forem adultas terão atravessado uma drogadição. Mas não é tão fácil “normalizar” um ser falante. Freud disse que quando se expulsa o sintoma pela porta, ele volta pela janela. Se com Ritalina a criança dorme às oito da noite em lugar de duas da manhã, quando acordar continuará tendo os mesmos problemas.
Hoje existem crianças criadas em famílias distintas das que Lacan descreveu. Se Lacan outorga à figura do pai, uma importância vital, em uma família formada por duas mães, por exemplo, o desenvolvimento psíquico continua sendo o mesmo?Não é uma dificuldade para a psicanálise porque desde seus primeiros escritos sobre o tema, Lacan explicou que cada família é um fato de cultura e que não tem nada a ver com uma natureza constituinte da família. O nome do Pai, precisamente, não está dado pelo pai biológico, mas é uma figura que funciona em cada caso, de maneira diferente. O nome do Pai é um semblante. Parece-me difícil entender que alguém possa dizer que há um laço natural entre a mãe e a criança ou entre o pai e a criança. Não tem sentido.
Zizek e Laclau reconhecem os aportes de Lacan na hora de repensar o marxismo. Inclusive, Badiou diz que Lacan é para o marxismo, o que Hegel era para os revolucionários de 1850.(?)
Não li Laclau, mas meus colegas me falaram sobre sua obra. Lacan sempre ofereceu aportes ao marxismo, a partir das intervenções de Althusser e seus seguidores. Lacan leu a Marx e essa leitura lhe permitiu dar conta do plus de gozo. Sempre houve uma ida e volta entre a teoria marxista e a teoria psicanalítica. Lacan tem referências do início onde o peso da história e as organizações sociais são, sem dúvida, levadas em conta. O mestre antigo não é o mestre moderno e o mestre moderno tem diversas caras. Essas caras são históricas. Nossa tarefa hoje, e a dos marxistas também, é de dar conta da diferença entre o discurso do mestre capitalista que desenvolve a produção industrial e o capitalismo atual, que produz dinheiro a partir de dinheiro, um capitalismo financeiro. É diferente e é preciso ver as consequências dessas diferenças.
Zizek conjuga com Lacan com a troca social quando assinala que o desejo, que não tem lugar na realidade, pode ter uma tradução política quando se pensa em São Paulo e o fim da ressurreição, que não tem possibilidade real empírica, mas que se transforma em um impulso à ação.
Não sei se o desejo impulsiona ninguém a nada. Abrir um seminário de Lacan é como abrir um livro de Freud e o desejo do leitor está implicado em sua leitura. Penso que um analista lacaniano impulsiona a desejar. É verdade que para alcançar o desejo também é preciso atuar. Mas a psicanálise não é uma ideologia. A responsabilidade do próprio desejo de cada pessoa é o que a psicanálise permite, que se seja responsável pelos próprios sonhos.
Buenos Aires, além de ser uma cidade psicanalisada, é um centro de produção lacaniano. Na UBA, a Faculdade de Psicologia conta com uma maioria de programas que dão conta desta orientação. Como se vê, da França, este fenômeno?
Os psicanalistas franceses lacanianos sabem que há uma escola dessa orientação na Argentina. Trabalhamos com os colegas argentinos. Há uma interlocução entre os psicanalistas lacanianos e suas escolas, entre os psicanalistas franceses e os argentinos. Há um refrão em francês que se refere às carícias que se fazem a contrapelo, nos gatos. Não vou acariciar os colegas argentinos desse modo (“Não vá nos dourar a pílula”, assinala uma lacaniana argentina presente na entrevista). Os amigos argentinos sabem que a psicanálise neste país é muito mais acessível que na França e que eles o desenvolveram muito bem.
Anna Freud se considerava uma continuadora da obra de seu pai. A senhora coribui para o desenvolvimento do pensamento de seu pai. Pensou alguma vez neste paralelismo?
Quando pensei neste tema, que tem retornado muitas vezes na minha vida, pude chegar à conclusão de que foram duas experiências muito distintas. A obra de Anna Freud é uma das primeiras experiências da traição que conheci em minha vida. Traiu a obra de seu pai. Por isso, essa comparação não é tão desejável.
A senhora é a presidenta do Campo Freudiano. É a filha de Lacan e a esposa do discípulo mais relevante, Jacques Alain Miller. Como conjuga sua vida pessoal com o que seu pai e esposo e seu próprio trabalho significam no âmbito cultural e intelectual?
Começamos esta entrevista assinalando os limites entre o público e o privado e não creio que seja correto saltar essas barreiras.

Tradução: Maria Cristina Maia Fernandes

Refinaria Teatral

O Grupo Refinaria Teatral estréia a peça Espelho


Dia 28/08 (sábado) as 18h30 até dia 18/09

Biblioteca Álvares de Azevedo que fica na Praça Joaquim José da Nova, s/n - Vila Maria Alta.

Domingo do dia 29/08 até 19/09 o grupo ministrará oficinas de cenografia, atuação, sonoplastia e Processo de Montagem

ENTRADA FRANCA

terça-feira, 17 de agosto de 2010

DISCIPLINA, um ato de amor

DISCIPLINA UM ATO DE AMOR.
(Andrea Costa – Psicanalista)

“O ambiente sócio-moral é toda a rede de relações interpessoais em uma sala de aula. Essas relações permeiam todos os aspectos das experiências da criança na escola”. (Rheta de Vries - Etica na educação infantil)
"O desenvolvimento moral das crianças depende da ação dos adultos, dos pais e dos professores na escola.”(Segundo Yves de La Taille )
Segundo o dicionário Aurélio a palavra disciplina tem vários significados: “1. regime de ordem imposta ou mesmo consentida. 2. ordem que convém ao bom funcionamento de uma organização. 3. relações de subordinação do aluno ao mestre. 4. submissão a um regulamento. 5. qualquer ramo do conhecimento. 6. matéria de ensino”.
Nos dias atuais vemos crianças sem limites, desrespeitando os pais e assim, desrespeitando os educadors e os colegas.
Por que é tão difícil dar limites?
Qual a linha entre o limite e a imposição?
Por que é tão difícil nos fazer entender?
Talvez porque estejamos tentando de maneira errada ...
Sabemos que o ato de educar é muito complexo, com certeza haverá erros, entretanto haverá muitos acertos, é um “caminho” que será seguido pela criança e pelo educador, e não é feito numa linha reta, sem atropelos ou dificuldades,

...Disciplina, um ato de amor

portanto é importante as alternativas em busca das soluções mais adequadas e dos melhores resultados em acordo com a situação.

A “FORMAÇÃO” PSÍQUICA DA CRIANÇA.

O ID , o Ego e o Super  Ego
ID – Inconsciente
EGO – Eu ou Relacionamento (mundo exterior)
SUPER EGO – Super Eu ou a consciência

Caráter

Caráter a sua formação depende das relações familiares e sociais. O caráter realiza-se nas condições de incorporação da personalidade em diversos grupos sociais. Nossas qualidades e defeitos são inerentes ao nosso caráter.
Personalidade
 A personalidade necessita duma característica especial capaz de descrever qualidades de um indivíduo.

Temperamento
As manifestações do temperamento do homem trazem em si o marco das influencia das normas e das exigência socais mas cada pessoa possui o seu próprio tipo de temperamento ou propriedade do sistema nervosa que constituem a sua base.  (Fonte : Lucena Kueno P.S. Mangúidi)
Tanto o caráter, a personalidade quanto o temperamento estão implicitados na formação e no desenvolvimento infantil, sabemos que tais fundamentos acontecem a partir do meio no qual a criança está inserido.
O primeiro contato que a criança tem com o mundo é a mãe, em posterior o pai.Formando a triangulação originária segundo a psicanálise (criança, mãe e pai).

AGRESSSIVIDADE
Um fato que tem crescido demais dentro das escolas é a “agressividade” e tem se observado que desde a tenra idade esse fato acontece.
• A agressividade pode ser hostil, com a intenção de machucar ou ser cruel com alguém, seja física ou verbalmente. Ou ainda pode aparecer com o intuito de conquistar uma recompensa, sem desejar o mal do outro.

• A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando à criança que não é um comportamento adequado.
• Outro aspecto fundamental ao desenvolvimento de comportamento agressivo é o meio ambiente em que a criança está inserida, família, escola e estímulos recebidos por meios de comunicação. Há, lógico ainda, fatores individuais, inatos como sexo e hereditariedade.

Na educação infantil há aluninhos que agem agressivamente tanto com o coleguinha como a educadora, uma das causas é a falta de disciplina, a qual precisa ser utilizada para conscientizar a criança do seu erro. É importante que o educador interfira nesse tipo de comportamento, não permitindo que isso prossiga, não deixar que haja agressões entre os alunos, nem comentários ofensivos como palavras de baixo calão, apelidos , humilhações, gracejos, piadinhas, exclusão, e quaisquer tipos de discriminações. Assim a criança sentirá que pode “contar” com alguém , confiar em quem está ali para educá-la.
O meio que a criança está inserida interfere em toda sua formação, por isso é muito importante a atuação do educador; quando uma criança apresenta um comportamento muito incomum por vezes seguida, está mais do que na hora, de conversar com os pais e talvez até seja necessário a intervenção de um profissional para buscarem juntos uma alternativa para essa criança.
É bom ficar atentos a algumas situações, tanto na escola quanto em casa (conversar com os pais a respeito) para descobrir o por quê do comportamento alterado.
  • Preste atenção nas ações entre os alunos
  • Colocar apelidos depreciativos Assediar
  • Ofender Amedrontar
  • Fazer “gozações” Ameaçar
  • Humilhar Agredir
  • Criar situações para “pegar” a “vítima” Bater
  • Discriminar Empurrar
  • Excluir Machucar
  • Isolar Intimidar
  • Perseguir Desprezar
Conversar com os pais para verificarem se:

  • Chega em casa com contusões freqüentes Chora muito fácil
  • Chega em casa com roupas rasgadas Briga constantemente com amigos considerados “próximos” antes
  • Diz que precisa de algo porque perdeu ou foi roubado Está com péssimo humor
  • Fica quieto e retraído É agressivo com os irmãos
  • Evita sair de casa Não quer ir para escola
  • Tem insônia Demonstra ansiedade excessiva

...Disciplina, um ato de amor

Quando a atuação disciplinar acontece de maneira educativa, não só ocorrerá a melhora no comportamento, bem como na diminuição da agressividade e o convívio será harmonioso, resultando num bem estar para todos: alunos, educadores (escola) e família.

15 PONTOS IMPORTANTES PARA ATUAÇÃO DA DISCIPLINA.

1.Ser firme, porém amável.
2.Tratar o educando com respeito, mesmo que o aluno não o trate da mesma forma, lembre-se
nem sempre ele tem uma boa formação, e pode ser oriundo de um lar desestruturado.

3.Estabelecer rotinas diárias.
4.Ser consistente.Quando disser algo cumpra, não fale o que não sabe ou o que não poderá cumprir.

5.Evitar falatórios longos, seja decidido, calmo e objetivo.
6. Há, momentos que é mais importante agir do que falar.

7.Muito importante: Elogiar o esforço, não apenas o resultado.
8.Sempre verificar a causa de cada comportamento.

9.Estabelecer metas para serem cumpridas a curto prazo.Prazos longos não funcionam muito bem coma crianças.
10.Utilizar sempre o “sistema tempo” para refletir.Procurar não agir sem pensar.

11.Buscar em grupo as soluções.Peça ajuda.
12.Dar certas responsabilidades para o educando, deixar que sejam responsáveis pelos seus atos.

13.Transmitir mensagem de apoio e aprovação.
14.Procure dentro de si, motivação, sempre.
15..Mostre que eles são queridos, dê a eles essa certeza.
ATIVIDADES que auxiliam na melhora da disciplina.

• Jogos cooperativos
• Atividades de inclusão. Mixando sempre os grupos, evitando as “panelinhas"
• Traga idéias de como trabalhar em grupo.E ensinar aos alunos como é possível agirem assim.
• Contar histórias das mais diversas situações. Apontando para atitudes ruins e o porquê destas não poderem fazer parte do meio em que vivem.

Só poderemos ter uma alternativa para a vida se dermos chances a ela.

Bibliografia

Coleção A&Z ; Conheça Freud

De Vries, Rheta ; Da Ética na Educação Infantil - O ambiente

Dicionário Aurélio (1999, p. 239)

LA TAILLE, Yves et alii; Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão. SP, Summus, 1992

Sacchetto, Kaufmann .Karen ; Guia do Bebe

quinta-feira, 5 de agosto de 2010