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Psicanálise & Educação

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sábado, 12 de junho de 2010

O que provoca o PHDA?


O que provoca o PHDA?
portador de hiperatividade e "deficit" de atenção)

A PHDA tem sido tradicionalmente vista como um problema relacionado com a atenção, decorrente de uma incapacidade do cérebro para filtrar diferentes entradas sensoriais, como por exemplo a visão e a audição.

Pesquisas recentes têm mostrado que crianças com PHDA não têm dificuldade nessa área. Em vez disso, os pesquisadores começam a acreditar que as crianças com PHDA são capazes de inibir as suas respostas motoras impulsivas para a entrada deste tipo (Barkley, 1997, 1998a).

Ainda não está claro quais são as causas directas e imediatas da PHDA, apesar de avanços científicos e tecnológicos no domínio das técnicas de imagem neurológica e genética, fica a promessa de esclarecer esta questão num futuro próximo. A maioria dos investigadores suspeitam que a causa da PHDA é genética ou biológica, apesar de reconhecerem que o ambiente da criança ajuda a determinar comportamentos específicos.

Estudos de imagem realizados durante a última década têm indicado que regiões do cérebro podem funcionar mal em pacientes com PHDA e, portanto, são responsáveis pelos sintomas da doença (Barkley, 1998a). Um estudo de 1996 conduzido nos Institutos Nacionais de Saúde Mental (NIMH) descobriram que o córtex pré-frontal direito (parte do cerebelo) e pelo menos dois dos aglomerados de células nervosas conhecidas colectivamente como os gânglios da base são significativamente menores nas crianças com PHDA (como citado em Barkley, 1998a). Parece que essas áreas do cérebro estão relacionadas com a regulamentação das atenções. A causa dessas áreas do cérebro serem menores para algumas crianças ainda é desconhecida, mas os pesquisadores sugeriram que as mutações em vários genes que estão activos no córtex pré-frontal e gânglios da base podem desempenhar um papel significativo (Barkley, 1998a). Além disso, alguns factores não genéticos têm sido relacionados à PHDA, incluindo o nascimento prematuro, álcool e tabagismo materno, altos níveis de exposição ao chumbo, e os danos neurológicos pré-natal. Embora algumas pessoas afirmem que os aditivos alimentares, o açúcar, o fermento, ou métodos de criação pode levar criança para a PHDA, não há evidências conclusivas que apoiem essas crenças (Barkley, 1998a; Neuwirth, 1994; NIMH, 1999).

Traduzido por Nelson Santos

In: http://www.chadd.org/

A Família da criança com PHDA - Jd da Infancia Portugal

PHDA (perturbação/Portador de hiperactividade e défice de atenção)

A Hiperactividade é uma diminuição ou ausência de controlo no indivíduo. A criança hiperactiva é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e actividade motora. Não é uma ausência de vontade para o fazer, mas sim uma ausência de controlo que efectivamente traz consequências.
As manifestações comportamentais das crianças com PHDA, englobam sintomas de:
- Actividade excessiva ( inquietação motora, agitação)
- Distracção (dificuldade de concentração, atenção dispersa)
- Impulsividade (tendência a agir sem reflectir)
Estes sintomas são frequentes, evidenciam-se ao longo do desenvolvimento e a sua intensidade ocasiona um défice claramente significativo no desempenho académico e social.
Os sintomas evidenciam-se antes dos 7 anos de idade, têm de estar presentes em 2 ou mais contextos (ex.: casa, escola) e, de acordo com a sua preponderância, podemos ter diferentes tipos de apresentação clínica: predominantemente desatento, predominantemente hiperactivo-impulsivo e de tipo misto.
Os pais queixam-se das dificuldades que têm em lidar com a criança, habitualmente sentem-se angustiados, exaustos, desgastados, fragilizados e impotentes. Verbalizam os esforços que empreendem para modificar as atitudes comportamentais do seu filho, sem conseguirem os seus objectivos, acarretando frequentemente repercussões negativas no relacionamento entre os diferentes elementos do seio familiar.
A incapacidade dos Pais em compreenderem a criança pode, por sua vez, desencadear ou intensificar reacções de agressividade, de hostilidade e de desafio. A relação torna-se pouco gratificante, o que vai aumentar ainda mais as dificuldades relacionais.
Torna-se fundamental a compreensão da patologia da criança, como primeiro passo que antecede a intervenção.
A compreensão do problema, torna os Pais mais capacitados para actuar de uma forma mais adequada.

domingo, 6 de junho de 2010

Elsabeth Roudinesco


Vale muito ler e aprender!

Historiadora Elisabeth Roudinesco abre série do Café Filosófico CPFL em Campinas
(Por Victor Costa)

Na última terça-feira, 1 de junho, a cpfl cultura recebeu a historiadora e psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco, uma das mais representativas intelectuais contemporâneas. Roudinesco realizou a palestra "Foucault, Deleuze, Derrida: pensamento rebelde e heranças cruzadas", dentro do módulo módulo "Anticlímax das sociedades contemporâneas - Foucault, Deleuze e Derrida frente à crise", de Scarlett Marton.

Na palestra, Roudinesco apontou o ponto convergente de Foucault, Deleuze e Derrida: foram filósofos subversivos porque interdisciplinares. Coadunaram a Filosofia às outras áreas do saber. Foucault apropriou-se da História e mostrou que a loucura é muito mais fenômeno da cultura da normatização, que da clínica psiquiatra. Deleuze vale-se das Artes e estabeleceu novas formas de subjetivação. Aproximou o erudito do prosaico. Nas palavras de Roudinesco, defendeu que "a verdade está nas ruas". Derrida, por meio da História e da Arte, desconstruiu a ideia negativa da morte. O luto é o resgate da herança, a qual permanece para além da morte de seu portador, na memória de quem vive.

Perguntada sobre a herança que o pensamento rebelde deixa para enfrentarmos as crises contemporâneas, Roudinesco enfatizou a importância estratégica da pluralidade intelectual. A prática da crítica converte-se em um pensamento aberto e orgânico. Outro legado é o paradoxo do engajamento. Foucault, Deleuze e Derrida não foram politicamente engajados como boa parte de seus contemporâneos. Porém, não por isso deixaram de atacar com severidade os encalços sociais. Não é preciso a rigor ser politicamente engajado para dar-se conta e combater, segundo Roudinesco, "o pequeno fascismo ordinário do cotidiano - que nos coloca em dominação sem que percebamos".

COMPREENDENDO A PSICANALISE

Você está em análise?Por Jorge Forbes

Você está em análise? Etâ perguntinha difícil de responder; vejamos. Primeiro, não basta você dizer que vai a um psicanalista bem titulado, tantas vezes por semana. O carteiro do analista também vai lá com frequência e nem por isso está em análise. Ficou conhecida a história de um paciente que após um bom tempo diz a "seu analista" que está chegando ao fim de seu trabalho. Este lhe responde: - "Engano seu, penso que o senhor está prestes a começar". Entrar em análise é mudar de posição subjetiva: a pessoa para de referir suas queixas às cenas atuais de seu cotidiano e passa a se entender em uma "Outra Cena", como dizia Freud. Isso é difícil de conseguir, pois a realidade sempre alivia o comprometimento de cada um em seu mal-estar, razão pela qual muitas pessoas adoram viver um inferno de vida. Se quisermos traduzir em conceito, entrar em análise é sair de uma moral dos costumes e se instalar na ética do desejo.

Segundo, há que se conhecer a diferença entre Psicanálise e o mar de psicoterapias que são oferecidas. Se até para o profissional, nem sempre é clara, imagine para o leigo. O termo "Psicanálise" adquiriu certo valor de mercado e acaba sendo o cobertor genérico de corpos disciplinares muito diferentes, o mais das vezes, opostos. Em síntese, praticamente todas as psicoterapias seguem o modelo da ética médica: um se queixa, o outro trata; um não sabe, o outro sabe; um é paciente, o outro é atuante. Arrisquemos uma definição: no fundamento do que se chama Psicanálise está sempre - sim - sempre responsabilizar o sofredor em seu sofrimento. Não culpar, atenção, responsabilizar e de uma responsabilidade muito diferente da responsabilidade jurídica, que se baseia na consciência dos fatos. Seria até engraçado que a prática do inconsciente exigisse a responsabilidade consciente. A responsabilidade em Psicanálise, contrariamente à jurídica, é a responsabilidade frente ao acaso e à surpresa. Não dá para ninguém se safar de uma situação dizendo: - "Ah, só se foi o meu inconsciente", como se ele fosse 'um moleque irresponsável que não tem nada a ver comigo'. A Psicanálise se define por sua ética, como queria Lacan, e a ética da Psicanálise é o avesso da ética médica, por conseguinte, das psicoterapias. Isso não quer dizer que uma coisa seja melhor que a outra, mas que é fundamental reconhecer as diferenças para que haja uma colaboração efetiva entre os campos clínicos e não mútuo borrão, como soe acontecer.

Terceiro, finalmente, fazer análise hoje é igual aos tempos de Freud? Sim e não. Sim, no que tange ao fundamento do inconsciente; não, na diferença de sua expressão. Desde Freud até muito recentemente, digamos há uns trinta anos, fazer análise era se conhecer melhor e, por isso, agir de maneira menos infestada de comprometimentos psicopatológicos. O se "conhecer melhor" se obtinha na análise do Complexo de Édipo, matriz da significação do comportamento humano, verdadeiro software genial que Freud invene - tou para entender como uma pessoa pode operar o hardware mundo, que não lhe é em nada natural. Por quase cem anos acreditamos que o mundo era edípico, e era mesmo, se edípico é um mundo que institui um padrão de significação vertical e superior, no caso, o Pai. O paciente de ontem, por viver em um mundo padronizado, sabia onde queria chegar e se perguntava sobre o que lhe amarrava a sua vida, daí o foco no passado. Entramos, agora, em uma nova configuração do laço social: a globalização privilegia a horizontalidade sobre a verticalidade constituindo uma sociedade em rede, muito distinta da piramidal da qual nos afastamos no bonde da História. Se hoje o Édipo ainda funciona, sua abrangência de leitura do fenômeno humano é mais restrita e, em decorrência, uma clínica nele centrado também o é. Necessitamos de uma clínica além do Édipo. O paciente de hoje, mais que do passado, quer saber do seu futuro. Ele não se pergunta o que o impede de chegar a um objetivo, pois o problema, quando se quebram os padrões, é saber qual é o seu objetivo entre as inúmeras possibilidades, fato que o angustia. Paradoxalmente, uma análise vai lhe mostrar que há um limite ao conhecimento e que fazer uma análise não é conhecer mais, mas se defrontar com o impossível de tudo saber, frente ao qual só resta uma possibilidade: a de inventar uma solução e a de publicá-la, suportando o risco de seu desejo. Uma análise hoje, pós-edípica, deverá ser capaz de transformar a angústia imobilizadora em criativa; a rigidez em flexibilidade; a moral da necessidade em ética do desejo.



(artigo publicado na Revista Psique - número 51)

O EXERCICIO DA PSICANÁLISE


O Exercício da Profissão:

A Psicanálise segue critérios bastante rígidos. No Brasil, seu exercício se dá de acordo com o artigo 5°, Incisos II e XIII da Constituição Federal. Acrescenta-se ainda o Parecer 4.048/97 de 11/02/98. Parecer 309/88 da Coordenadoria de Identificação Profissional do Ministério Público Federal e da Procuradoria da República, do Distrito Federal e Aviso n°257/57 de 06/06/1957, do Ministério da Saúde, este último como marco histórico.E o CBO (Classificação Brasileira de Ocupações)sob nº 2515/50 - Psicanalista- Analista (psicoterapia psicanalitica)


Descrição Sumária

"Estudam, pesquisam e avaliam o desenvolvimento emocional e os processos mentais e sociais de indivíduos, grupos e instituições, com a finalidade de análise, tratamento, orientação e educação; diagnosticam e avaliam distúrbios emocionais e mentais e de adaptação social, elucidando conflitos e questões e acompanhando o(s) paciente(s) durante o processo de tratamento ou cura; investigam os fatores inconscientes do comportamento individual e grupal, tornando-os conscientes; desenvolvem pesquisas experimentais, teóricas e clínicas e coordenam equipes e atividades de área e afins." (CBO/2515 de 1982 e 2002)

Visitem a pagina http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/ResultadoFamiliaCompetencias.jsf
para melhores informções. OU www.mtecbo.gov.br