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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Complexo de inferioridade - Alfred Adler

Complexo de Inferioridade





O termo Complexo de Inferioridade foi criado por Alfred Adler, primeiro seguidor de Freud, que depois se desligou dele por discordar de algumas idéias do pioneiro da Psicanálise. Ele acreditava que este sentimento era inerente ao homem, e nascia do meio em que a criança crescia. Dependente dos pais nos primeiros momentos de seu desenvolvimento, aparentemente fraca e, portanto, incapaz ainda de realizar determinados feitos, ela tinha diante de si o ambiente ideal para o surgimento deste complexo. Para equilibrar este distúrbio, o ser humano gera então sentimentos de superioridade, tentando obter algumas vantagens psíquicas.
Essa pretensa inferioridade que alguns sentem pode ser imaginária, a partir do momento em que a criança se torna consciente de que não é o único alvo de atenção e de amor da família. Neste momento ela sente ciúmes e raiva. Segundo Adler, é fundamental na análise deste complexo saber se o filho é o mais velho, o mais novo ou o do meio. Destas condições nasce a competição que futuramente se desenvolverá entre os irmãos. De qualquer forma, este sentimento é inconsciente, e é compensado por atitudes de uma superioridade compensatória, para esconder estas emoções perturbadoras. O que diferencia uma percepção normal de inferioridade, que tem como função impelir o homem para sua evolução particular, o complexo de inferioridade se constitui em um estado emocional de profundo desânimo, que muitas vezes conduz o indivíduo a uma fuga da realidade, reforçada pelas fantasias de superioridade.
O íntimo do ser humano é povoado de lutas pelo poder, sentimentos inferiores e competições. É assim que o homem busca a atenção de seus companheiros, tenta se destacar no meio do todo e se defender de um meio agressivo e desconhecido. Estes processos contribuem para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Os valores podem, a partir de então, ganhar contornos negativos, com a intensificação da concorrência e da agressividade, ou positivos, com o crescimento da solidariedade entre as pessoas, e a consciência cada vez mais clara de que perder uma disputa não é humilhante. Como geralmente, nestes momentos de derrota, não há ninguém ao nosso lado para nos mostrar esta face afirmativa da realidade, é quase inevitável a queda no Complexo de Inferioridade.
É essencial plantar na criança sementes de auto-estima e de fortaleza moral, que lhe permitam resistir aos pontos de vista dos outros e às provações do caminho que o Ego enfrenta. Os pais precisam criar em torno do filho mecanismos que desenvolvam, ao longo do tempo, uma aura de segurança para protegê-lo das influências externas, e que na infância supram seus sentimentos iniciais de fragilidade, carência de proteção e dependência, vivências que dão origem ao que Adler chama de complexo de inferioridade primário. Esta emoção pode se amplificar se a família adquirir o hábito de compará-lo aos irmãos ou a outras pessoas adultas.
Já o sentimento de inferioridade secundário está associado ao adulto, que tenta alcançar uma meta que reside no inconsciente ou um pretenso êxito pessoal para suprir seu complexo de inferioridade. O espaço que separa o sujeito da realização destes objetivos causa sentimentos de frustração e incita emoções negativas e inferiores. O complexo de inferioridade está, portanto, ligado ao meio em que a criança se desenvolve, ao comportamento dos pais com relação a ela – estes devem evitar discursos negativos e depreciativos, bem como o costume de destacar os deslizes dos filhos -, à presença de determinados defeitos físicos, que provocam muitas vezes zombarias e ironias alheias, a restrições mentais deste ser e também a níveis sociais desvantajosos.
Percebe-se, pelos fatores acima, que o maior algoz e adversário da nossa personalidade hoje é a opinião do outro, que pode provocar em nossas emoções distúrbios os mais variados, bem como patologias psíquicas sérias. Neste momento de ansiedade extrema, é comum inventarmos em nosso interior um super-herói, através do qual podemos atuar emocional e socialmente, com prejuízos atenuados pela nossa criação mental. Afinal, o ser humano não suporta a marginalização, a rejeição social e a solidão.

Dicas para para sair desse complexo inferioridade:
1 - Evite as comparações. Ficar se comparando com quem quer que seja não o fará se sentir melhor, pois as pessoas são diferentes, possuem necessidades, desejos e históricos de vidas diferentes.

2 - Compreenda seu histórico de vida e a origem de seu sentimento de inferioridade. Por qual motivo se sente inferior? Não desista, compreenda suas dificuldades e procure enfrentar cada uma delas.

3 - Enfrente o medo. É importante lidar e enfrentar o medo que as pessoas ou situações provocam e compreender que a percepção de si mesmo está baseada na conseqüência de fatos que já passaram. Você não pode mudar seu passado, mas pode mudar seu presente.

4 - Reconheça seu valor. Perceba que seu valor enquanto pessoa não pode e nem deve ser baseado na maneira como foi tratado, ainda que isso tenha durado toda sua vida. Não permita mais ser desrespeitado ou maltratado.
5 - Identifique suas necessidades. O que você espera receber dos outros pode ser aquilo que não recebeu quando criança de seus pais. Não espere receber dos outros o que só você mesmo pode se dar.
6 - O que você deseja receber na relação afetiva? Muitas vezes os conflitos gerados no relacionamento têm origem em seu histórico de vida.

7 - Observe e procure compreender cada um de seus sentimentos. Perceba quando sentir inveja, ciúmes, necessidade de poder ou superioridade. Esses sentimentos podem estar ocultando e compensando um sentimento de inferioridade.

8 - Aprenda com os erros e não fique se punindo por ter errado, nem se acomode nas situações. Mude o que deseja.

9 - Valorize sempre suas conquistas! Pare de supervalorizar o que o outro tem ou faz e desvalorizar as próprias conquistas.

10 - Faça psicoterapia. O auto-conhecimento obtido através do processo da psicoterapia poderá fazer com que reconheça seus reais valores e liberte-se do complexo de inferioridade que acorrenta e aprisiona.
Alfred  Adler
http://nonio.eses.pt/fabulas/

Disgrafia -

A disgrafia é considerada uma dificuldade ao nível dos processos de escrita. As causas das dificuldades na aprendizagem da escrita não podem ser devidas a défice cognitivo, a razões socio-culturais ou a ensino deficiente. Podem existir dificuldades no grafismo ou desenho das letras, na ortografia ou ordenação correcta das letras que constituem a palavra, na correcção gramatical e pontuação, ou na organização e elaboração de textos.
Como se manifesta:

- diferença entre a capacidade de expressão oral e escrita;

- pontuação inexistente ou errática, erros frequentes de ortografia com omissão ou troca de letras;

- elegibilidade da escrita;

- espaços inconstantes entre letras e palavras;

- posição anómala ou força excessiva das mãos e dedos;

- atenção excessiva aos movimentos da escrita que é acompanhada por leitura audível à medida que se vai escrevendo, como que reforçada pela informação oral;

- inconsistência na escrita com mistura de maiúsculas e minúsculas, letra de imprensa e manuscrita;

- cópia lenta ainda que correcta;

- dificuldade em colocar os pensamentos em papel.

(Ana Bessa - educadora)