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domingo, 5 de setembro de 2010

Neurose de angustia



Neurose de angústia
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Diferente da histeria de angústia,a neurose de angústia é uma neurose atual, mais especificamente caracterizada pela acumulação de uma excitação sexual que se transformaria diretamente em sintoma, sem mediação psíquica. Alguns fatores comuns são: acumulação de tensão sexual; ausência ou insuficiência de “elaboração psíquica” da excitação sexual somática, esta só podendo se transformar em “libido psíquica” se entrar em conexão com grupos preestabelecidos de representações sexuais. Quando a excitação sexual não é assim dominada, deriva diretamente, no plano somático, sob a forma de angústia. (Laplanche, 1995).
A neurose de angústia difere da histeria por dois principais motivos: por se tratar de uma “tensão física que não pode passar para o psíquico e se conserva, pois, num caminho físico” (Laplanche,1995), ao invés de ter origem em conflito psíquico infantil, como na histeria; e porque em seus sintomas fóbicos o afeto de angústia se acha ligado a uma representação, mas sem que se possa reconhecer nesta um substituto simbólico de uma representação recalcada. *Julianna Dale Coutinho – UFRGS/Psicopatologia)
Segundo o dicionário de psicanálise  Entende-se por neurose atual aquela que resulta diretamente da ausência ou inadequação da satisfação sexual, diferindo das psiconeuroses cuja origem deve ser procurada nos conflitos infantis.”
Podemos ressaltar alguns sintomas: (fontes do saber)
Irritabilidade geral: há um aumento na irritabilidade causando grande excitação, podendo tornar-se incontrolável. Uma manifestação da irritabilidade é a “hiperestesia auditiva”, revelada freqüentemente como causa de angústia.
Expectativa ansiosa: esta se dá na ansiedade normal de forma imperceptível, tendo o doente uma visão pessimista, reconhecendo esta como uma espécie de compulsão. Uma das formas da manifestação da expectativa ansiosa é a hipocondria, que requer como pré-condição o aparecimento de parestesias e sensações corporais aflitivas, a distribuição da libido para o hipocondríaco tem o mesmo efeito da doença orgânica. Este perde o interesse e a libido relacionados aos objetos do mundo externo e fixa ambos no órgão que lhe traz desconforto.
Na concepção psicanalítica dos processos de neurose, pode-se dizer que a hipocondria é comparável a uma doença real, aparecendo também nas outras neuroses. Freud cita como melhor exemplo disso a neurose de angústia, na qual o órgão que é sentido como doente é o órgão genital quando excitado.
Ataque de ansiedade: pode irromper à consciência com associações de idéias ou não. Esta ansiedade pode estar relacionada a distúrbios de funções corporais, (respiração, atividade cardíaca, inervação vasomotora e atividade glandular). “O paciente se queixa de espasmos no coração, dificuldade respiratória, inundações de suor, fome devoradora e coisas como estas; e, em sua descrição, o sentimento de ansiedade freqüentemente se recolhe ao fundo ou é referido de modo bastante irreconhecível, tal como sentir-se mal, não estar à vontade, e assim por diante.”
Acordar com medo à noite: combinado com ansiedade, dispnéia, suores, ... este é uma variante do ataque de ansiedade. É considerado uma segunda forma de insônia na neurose de angústia. Este pavor pode ocorrer com a reprodução de um sonho, podendo também emergir de uma forma pura, sem sonho ou alucinação decorrente.  
A ansiedade crônica associadas a ataques de ansiedade e vertigem, desenvolvem dois grupos de fobias; uma relacionada a riscos fisiológicos gerais, como por exemplo medo de cobra, tempestade, escuridão, assim por diante; e outra relacionada à locomoção (agorafobia).  
Atividades digestivas alteradas: inclinação ao vômito, náusea e sintoma de fome devoradora não são raras na neurose de angústia. Na expectativa ansiosa há uma disposição à diarréia.
Freud faz uma alusão intensa quanto ao fator sexual quando este refere-se a neurose de angustia, ele diz que homens voluntariamente abstinentes, combinada com sintomas de defesa; em estado de excitação não consumada,  quando se limitam a tocar ou contemplar as mulheres; na prática do coito interrompido, quando o homem quer proporcionar satisfação à mulher e adia a emissão; e, finalmente no climatério dos homens, quando há um decréscimo na potência em confronto com o crescimento da libido.
Freud também afirma que acontece a histeria de angustia aos dois sexos: em pessoas que praticam a masturbação, quando abandonam este modo de satisfação sexual sofrem de neurose de angústia; em pessoas que têm sobrecarga de trabalho, esforço exaustivo, insônia ... também podem desenvolver esta neurose.
Freud não foi tão radical em definir uma única etiologia da neurose de angústia (origem sexual);também deu importância à disposição, à soma de elementos etiológicos específicos e reforço através de outros fatores comuns.
 Andrea Costa




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